A produção de grãos esperada para 2021 é de 488.623 toneladas, decrescendo 38,50%, em relação à safra de grãos efetivamente obtida em 2020 (794.480 t) e crescendo 5,61%, em relação ao primeiro prognóstico efetuado em janeiro de 2020 (462.673 t).

Comparando-se com a área realmente colhida em 2020, 15 produtos apresentaram aumento nas áreas a serem colhidas em 2021 e 3 produtos apresentaram redução nas áreas a serem colhidas para 2021, enquanto 2 produtos apresentam a mesma área colhida em 2020. Com isto, a área total intencionada ao plantio de grãos para 2021 totaliza 1.002.177 ha, menor 3,28 % que a 1ª estimativa de 2020 (1.036.172 ha), mas, maior 6,85%que a área colhida em 2020 (937.893 ha).

O prognóstico para a área de grãos de 2021 é o menor nos últimos 26 anos, conforme mostra o Quadro 1.

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Comparando-se a participação dos produtos em janeiro de 2021 com janeiro de 2020, o milho (grão) de sequeiro, feijão-de-corda 1ª safra e arroz irrigado 2ª safra continuam ocupando respectivamente os três primeiros lugares, representando 93% da expectativa do total de grãos no estado do Ceará para 2021.

Destaca-se ainda a fava, pois vem apresentando crescimento na participação total de grãos; o algodão, que mesmo apresentando redução na expectativa de área plantada, apresenta crescimento na participação; e o milho semente de sequeiro, que é um produto estratégico e apresentou crescimento na participação total de grãos.

Convém ressaltar que a grande redução da expectativa de produção para 2021, em relação à safra efetivamente obtida em 2020, diz respeito à metodologia do cálculo do rendimento do prognóstico, que é a média dos últimos 11 anos para os produtos de sequeiro e de 5 anos para os produtos irrigados. Como o ano de 2020 foi muito satisfatório, possibilitando rendimentos bem maiores que as médias do prognóstico houve esta grande redução da expectativa de produção para 2021.

Frutas frescas – Maracujá, mamão e acerola irrigados cresceram em participação na produção total de frutas frescas

A produção esperada de frutas frescas é de 990.741 toneladas, decrescendo 9,23% em relação à safra de frutas frescas efetivamente obtida em 2020 (1.091.456 t), e cresceu 12,95% em relação ao primeiro prognóstico efetuado em janeiro de 2020 (877.162 t).

Quanto à participação das frutas frescas na produção total destas, oito produtos participam com 89% da expectativa da estimativa de produção total de frutas frescas para 2021: banana irrigada, maracujá irrigado, banana de sequeiro, mamão irrigado, melão irrigado, melancia irrigada, manga de sequeiro e acerola irrigada. Comparando-se a participação das frutas frescas na produção total em janeiro/2020 e janeiro/2021, observamos que cresceram as participações da maracujá irrigado, mamão irrigado e acerola irrigada.

No cômputo geral, houve acréscimo de 3,24% na área a ser colhida em 20 21 (70.085 ha), comparando-se à área inicialmente estimada à colheita em 2020 (67.884 ha) e de 1,85%, comparando-se à área efetivamente colhida em 2020 (68.814 ha). Estes crescimentos na área colhida para 2021, predominantemente, relacionam-se às novas áreas das lavouras permanentes que passarão a produzir.


Castanha de caju 

A expectativa de produção de castanha de caju reduziu para 59.626 toneladas, representando redução de 15,52%, comparado à expectativa de produção de 2020 (70.576 t) e de 30%, em relação à safra obtida em 2020 (85.177 t). Por questão metodológica, em que a média dos últimos 11 anos da expectativa de rendimento de 2021 foi menor que a média dos últimos 11 anos da expectativa de rendimento em 2020.

A área total a ser colhida da castanha-de-caju (total) para 2021 cresce 1,05%, em relação à estimativa de Janeiro de 2020 (271.540 t), e 0,44%, comparando-se à área colhida em 2020 (269.910ha), passando para 272.744 ha. É importante ressaltar que a área a ser colhida cresceu, resultante de esforços da EMBRAPA e de dois importantes programas coordenados pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário do Ceará, através da EMATERCE: Programa de Substituição de Copas e Programa de Distribuição de Mudas, que ano a ano vêm contribuindo para o crescimento da área de cajueiro anão precoce.

(*)com informação do IBGE