A produção industrial cearense ficou estatisticamente estável na passagem de julho para agosto, aponta a Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), divulgada hoje (08) pelo IBGE. No comparativo com mesmo mês de 2020, a variação foi de -5,6%. No acumulado do ano, a indústria cearense cumula alta de 16,3% e nos últimos 12 meses de 13,4%.
A maior queda foi em Pernambuco (-12%). Com o resultado de agosto, seis locais estão acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020: Minas Gerais (10,3% acima), que desde julho do ano passado é o único local que se mantém na lista, além de Santa Catarina (4,9%) Paraná (1,8%) Rio de Janeiro (1,4%), Amazonas (1%) e São Paulo (0,1%).
A pandemia da Covid-19 ainda influencia a retomada do setor industrial, avalia Bernardo Almeida, analista da pesquisa, que explica que os custos de matéria-prima estão altos e há falta de abastecimento de certos insumos. “Há também uma diminuição no consumo, com inflação crescente, o que contribuí para diminuir o poder de compra das famílias. Tudo isso impacta na cadeia produtiva, afetando a tomada de decisão tanto por parte dos produtores quanto dos consumidores”, afirma.
Em relação a agosto de 2020, indústria no Ceará tem queda de -5,6%
Na comparação com agosto do ano passado, o Ceará registrou queda de -5,6%, maior recuo do ano. Nove dos 15 locais pesquisados registraram queda na produção.
Região Nordeste (-17,2%), Bahia (-13,8%) e Pernambuco (-13,5%) tiveram os maiores recuos. Pará (-6,2%), Ceará (-5,6%), Goiás (-3,4%), Mato Grosso (-2,1%), Amazonas (-1,5%) e Rio Grande do Sul (-1,5%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em agosto, neste índice. Nas altas, Paraná (8,7%) e Minas Gerais (6,5%) apontaram os maiores crescimentos.
No comparativo com agosto de 2020, as atividades industriais cearenses com maior crescimento foram a confecção de artigos do vestuário e acessórios (12,3%), que desacelera frente a julho (15%), e a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (2,7%).
Já as maiores quedas foram registradas na fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-22,3%).
(*)com informação do IBGE