Lideranças estaduais do PDT tentam contornar arestas e superar conflitos após o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, antecipar a escolha do ex-prefeito Roberto Cláudio como o candidato da sigla ao Governo do Estado. O gesto de Lupi está sendo interpretado como imposição, gerou desconforto no PDT e, ao longo desta sexta-feira, os movimentos de bastidores buscaram diminuir a temperatura interna para manutenção da aliança com o PT.

O ex-governador Camilo Santana (PT) e o senador Cid Gomes (PDT) sabem da importância da permanência da aliança para continuidade do atual projeto político e administrativo do Estado. A manifestação de Carlos Lupi, ao puxar Roberto Cláudio como o candidato para a sucessão estadual, sem a realização de pesquisas de intenção de votos para saber qual nome tem melhor desempenho junto aos eleitores, provocou uma verdadeira rebelião na bancada estadual do PDT.

O presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, classificou a atitude de Carlos Lupi, que ensaiou, em diferentes momentos do encontro nacional do PDT, na última quarta-feira, um coro de Roberto Cláudio governador, como inconveniente, inoportuna,  desrespeitosa e inadequada. Lupi respondeu às críticas e disse que Evandro, ao chegar atrasado e passar pouco tempo na reunião do PDT, era que estava sendo inadequado e desrespeitoso.