O número de queimadas em vegetação no Ceará, em agosto, atingiu o menor índice dos últimos cinco anos. Desde 2017 o mês não fechava com uma quantidade tão reduzida de incêndios. Ao longo dos 31 dias do mês passado, foram apenas 129 focos. O acumulado deste ano é igualmente positivo. Entre janeiro a agosto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais contabilizou 251 focos. Este é, também, o menor número desde 2017 – se comparado a igual período – quando foram registrados 601. Para o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Mardens Vasconcelos, a baixa quantidade de queimadas tem relação direta com as chuvas, uma vez que solo e vegetação ficam úmidas.
Para se ter uma ideia do quão positivo é o atual índice, apenas em agosto do ano passado foram 258 focos, ou seja, superior a quantidade total contabilizada de janeiro a agosto de 2022. Para os meses finais do ano, a tendência é de aumento no número de focos de queimadas. Novembro, por exemplo, responde pela maior média dentre os 12 meses do ano. Essa crescente natural dos focos é uma resposta direta a ausência de chuvas no segundo semestre do ano.