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Na reta final da campanha eleitoral, os candidatos que disputam vagas nas Câmaras Municipais e também nas prefeituras se apressam para conquistar os votos dos eleitores nos últimos dias que antecedem ao 1º turno do pleito. Os prazos do calendário eleitoral e os rumos das eleições deste ano ganharam destaque no Bate-Papo político entre os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida na edição do Jornal Alerta Geral desta segunda-feira (9).

“Nessa reta final da campanha muita gente ainda vai ter que colocar o pé no acelerador. Conversar e buscar o voto dos eleitores, que não tem, neste momento, nenhum candidato. Esses se enquadram no perfil de indecisos e são muitos”, destaca Luzenor sobre o cenário de campanha.

“Ansiedade para enfrentar às urnas”, essa é a sensação que, para Beto Almeida, define o sentimento dos candidatos com a aproximação da data da votação. Para o jornalista, entre as especificidades da atual eleição, tendo em vista que ocorre em meio a uma pandemia, chama a atenção o índice de indecisão dos eleitores quanto a escolha dos candidatos, tanto na capital quanto no interior do estado.

“Dá a impressão de que estes eleitores não estão totalmente envolvidos ou dentro de uma campanha que mesmo curta, foi intensa. Diferente, é verdade. Uma campanha que fugiu ao tradicional, fugiu ao comum, mas ainda assim muita gente indecisa”, aponta Beto.

Além da indecisão, Beto Almeida ainda salienta que se percebe, entre os eleitores, dúvidas quanto a abrangência da campanha deste ano. De acordo com o jornalista, muitos não sabem que a votação do próximo dia 15 é relativa apenas a escolha de prefeitos e vereadores, tendo uma abrangência municipal e não nacional.

“Não é falta de informação. Informação existe em excesso. Eu acho que existe, na realidade, um grande desapontamento e um grande desinteresse do eleitor com essa questão”, diz Beto.

Para Luzenor de Oliveira, a indiferença dos eleitores reflete o cansaço e frustração com o modelo político atual e também mostra os desapontamentos na política municipal. Entretanto, o jornalista alerta que todas essas questão não são suficientes para que o eleitor fique indiferente as decisões políticas e o impactos delas na vida da população. Luzenor ainda lembra que mesmo em meio á pandemia da Covid-19 e o receio de muitos quanto à possibilidade de contaminação, o TSE estabeleceu medidas sanitárias para minimizar os riscos de propagação da doença durante o período de votação.