O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) cresceu 0,5 ponto na comparação a junho e alcançou 57,4 pontos em julho. Foi o segundo aumento consecutivo do indicador, que está 2,9 pontos acima da média histórica de 54,5 pontos. Os dados são da pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quinta-feira (18). Os indicadores do levantamento variam de zero a 100 pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.
De acordo com a pesquisa, o otimismo dos industriais aumentou como consequência da melhora das expectativas do setor em relação ao desempenho da economia e das empresas nos próximos seis meses. O índice de expectativas subiu de 61,7 pontos em junho para 62,1 pontos em julho. “As expectativas em relação à economia brasileira aumentaram um ponto em relação a junho”, disse o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
Segundo Flávio, “essa melhora pode estar ligada às perspectivas de aprovação da reforma da Previdência. O levantamento cobriu os primeiros dez dias de julho, quando a reforma estava sendo encaminhada para votação com perspectivas bastante positivas de aprovação”. O texto-base da reforma da Previdência foi aprovado no último dia 10 e a pesquisa foi realizada entre 1º e 11 deste mês.
Quanto à percepção atual dos negócios e da economia, a pesquisa constatou uma piora. O indicador de condições atuais caiu de 47,6 pontos em junho para 47 pontos em julho e permanece abaixo dos 50 pontos, o que indica falta de confiança.
Na avaliação por tipo de empresa, o levantamento indica que a confiança é maior nas grandes empresas, segmento em que o Icei aumentou para 58,2 pontos este mês. Nas médias empresas, o índice também subiu e alcançou 57,5 pontos. Já nas pequenas indústrias, o Icei diminuiu 0,4 ponto em relação a junho e ficou em 55,4 pontos em julho.
Por região, a pesquisa indicou que a confiança é maior entre os empresários do Centro-Oeste, onde o o índice chegou a 59,6 pontos. No Nordeste, ele subiu 1,4 ponto em relação a junho e ficou em 58,2 pontos em julho. No Norte, o indicador deste mês foi de 57,7 pontos, no Sul, de 57,1 e, no Sudeste, de 56 pontos.
Para Castelo Branco, a informação sobre a confiança é importante porque aponta a predisposição dos empresários para tomar riscos e tocar projetos de investimentos, de aumento da produção e contratação de trabalhadores.
“Um empresário confiante no desempenho da empresa e da economia está disposto a levar à frente seus projetos. Com baixa confiança, ele se torna uma pessoa mais conservadora, mais temerosa do futuro e, portanto, reduz os investimentos”, disse.
Esta edição do Icei ouviu 2.391 empresas. Dessas, 942 são pequenas, 904 são médias e 545 são de grande porte.