O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na Região Metropolitana de Fortaleza foi de novembro foi de 0,80%, 0,03 pontos percentuais abaixo da taxa de outubro (0,83%). Essa é a maior variação para um mês de novembro desde 2014, quando o IPCA foi de 0,81%.

No ano, o indicador acumula alta de 4,23% e, em 12 meses, de 5,56%, acima dos 4,95% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Em novembro de 2019, a variação havia sido de 0,22%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta em novembro. A maior variação (2,99%) veio do grupo Alimentação e bebidas. A segunda maior contribuição veio de Vestuário (1,63%). Também tiveram alta os grupos Comunicação (0,78%), Artigos de residência (0,64%), Despesas pessoais (0,41%) e Habitação (0,26%). Já os grupos Saúde e cuidados pessoais (-0,71%) e Transportes (-0,15%) tiveram variação negativa. 

A aceleração verificada no grupo Alimentação e bebidas (2,99%) ocorreu principalmente devido às altas mais intensas em alguns itens do subgrupo alimentos para consumo no domicílio (3,71%), a exemplo da batata-inglesa (27,88%), óleo de soja (11,32%), arroz (10,13%), carnes (4,45%), aves e ovos (4,42%). No lado das quedas, o destaque foi a cebola (-4,09%).

A alimentação fora do domicílio também acelerou na passagem de outubro (0,75%) para novembro (0,85%), influenciada especialmente pela alta nos sorvetes (2,78%) e na refeição (1,17%).

Nos Transportes (-0,15%), a maior alta veio das passagens aéreas (6,21%), seguida dos transportes por aplicativo (5,08%). Os combustíveis tiveram queda de -1,51%, com destaque para a gasolina (-1,61%)

O grupo Vestuário acelerou em novembro (1,63%) frente a outubro (0,39%). A principal alta foi registrada nas bolsas (3,61%), relógios de pulso (3,44%) e uniforme escolar (3,44%). Por outro lado, foram registradas quedas nos itens vestido (-2,74%) e mochila (-2,45%). 

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 28 de outubro e 27 de novembro de 2020 (referência) com os preços entre 29 de setembro e 27 de outubro de 2020 (base). Cabe lembrar que, em virtude da pandemia de COVID-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços nos locais de compra. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail.

(*)com informação da A.I