O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria de transformação paulista aumentou 5,9% em agosto na comparação com o mês anterior e 4,3% no acumulado em 12 meses, segundo o levantamento feito pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). De acordo com o estudo, se forem levados em conta os efeitos sazonais, o avanço cai para 1,5%.
Dos 20 segmentos pesquisados, 14 apresentaram expansão das atividades. Entre os que tiveram melhor desempenho, destaca-se o de veículos automotores, com avanço de 7,1%. Na média de todos os setores pesquisados, houve crescimento de 6,9% nas vendas reais em 6,9% e de 2,3 no número de horas trabalhadas na produção . Apesar disso, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada permaneceu estável.
Em nota, o presidente em exercício da Fiesp e do Ciesp, José Ricardo Roriz, classificou o nível de recuperação de muito lento. “Ao contrário das crises anteriores em que a recuperação se dava logo em seguida, desta vez, o mercado terá dificuldades para voltar a crescer”, disse Roriz.
Em sua justificativa, o executivo atribuiu essa maior demora aos juros cobrados dos investidores pelas instituições financeiras que, segundo ele, não têm caído na mesma proporção da taxa básica de juros (Selic).
Roriz disse também que a volatilidade cambial tem afetado as empresas que consomem matéria-prima sujeita às cotações com preços internacionais. “As empresas que não têm poder de mercado não conseguem repassar a alta dos preços.”