A meningite é uma doença que pode ser prevenida. E a melhor forma de se proteger dessa enfermidade é manter a caderneta de vacinação em dia. Conforme o Calendário Nacional de Vacinação, há quatro vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) que protegem contra a meningite: BCG, Pentavalente, Pneumocócica 10 valente e Meningocócica C.

“A vacinação é a melhor forma de prevenção. Se o indivíduo é vacinado se protege e ainda protege outras pessoas, pois não se torna portador da doença e não transmite”, afirma Robério Leite, infectologista pediátrico do Hospital São José (HSJ), do Governo do Ceará.

A primeira vacina contra a meningite é logo ao nascer. E desde o ano passado, a faixa etária de imunização contra a Meningite C foi ampliada. A cobertura vacinal passou a contemplar também adolescentes de 11 a 14 anos de idade. Além da vacinação, seguir algumas medidas básicas ajudam a prevenir a doença como lavar bem as mãos, principalmente antes de preparar alimentos.

Sintomas
A meningite é uma inflamação das membranas que recobrem o cérebro. Pode ser causada por fungo e vírus, geralmente em casos menos graves. Também pode ser transmitida por bactéria, que apresenta quadros mais graves e com maior risco de óbito ou sequelas, como convulsões, surdez, perda de memória, falência nos rins, AVC e outros danos cerebrais.

Os principais sintomas são febre alta repentina, dor de cabeça e na nuca, rigidez no pescoço e vômito. Também podem aparecer convulsões, sonolência, fotossensibilidade, falta de apetite e manchas ou rachaduras na pele. Bebês recém-nascidos podem apresentar ainda moleira elevada e inquietação.

A doença pode evoluir rapidamente, principalmente entre crianças e adolescentes. A transmissão ocorre por meio de secreções respiratórias e da saliva. “Nesse período do ano é bom evitar aglomerações em ambientes fechados, pois o risco de transmissão aumenta por conta do contato mais próximo”, reforça o infectologista Robério Leite.

Ao surgirem os primeiros sintomas, deve-se procurar o posto de saúde mais próximo. Confirmada a doença, o paciente é encaminhado para uma unidade hospitalar de referência. O Hospital São José é uma unidade terciária da rede pública do Governo do Ceará. É referência em diagnóstico e tratamento de doenças infectocontagiosas.

Atenção redobrada
Pedro Queiroz (nome fictício), 32, teve meningite meningocócica na infância. Aos dois anos de idade, ele passou um longo período internado no Hospital São José. A demora na procura por atendimento médico quando apareceram os sintomas contribuiu para o surgimento de algumas sequelas.

“Até hoje, tomo medicamentos para evitar convulsões. A minha qualidade de vida é boa porque sigo direitinho a orientação do médico. Mas poderia ter sido pior, eu poderia ter morrido. Por isso, não descuido da vacinação das minhas três netas. Todas estão com o calendário das vacinas em dia”, diz o comerciante.

com informações da AI – Hospital São José