Influenciado pela deflação de 0,39% no preço dos alimentos e bebidas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (7) pelo IBGE, desacelerou de 1,04% em março e 0,91% em abril para 0,21% em maio. Esse é o segundo menor resultado do ano, no mês de janeiro, a Região Metropolitana de Fortaleza havia registrado variação de preços de 0,16%. O indicador acumula alta de 3,04% no ano e de 4,77% nos últimos 12 meses.
Conforme os dados disponíveis, a desaceleração da inflação de um mês para o outro deveu-se, principalmente, a quedas importantes nos grupos de alimentação e bebidas, que teve redução de 0,16% em abril para -0,39%, em maio; artigos de residência, que caiu 0,42% para -0,78%; transportes, que caiu de 0,92% para 0,71%, saúde e cuidados pessoais, de 2,24% para 0,50%; e a variação apontada no grupo despesas pessoais, de 0,40% em abril e para -0,37% em maio.
No grupo de alimentos e bebidas, o tomate, depois de apresentar alta de 22,98% em abril, caiu 10,82% em maio. Já o feijão-carioca acentuou a queda em relação ao mês anterior, passando de -6,55% para -14,25%. Mesmo assim, esse produto acumula alta de 68,33% no ano. A batata-inglesatambém apresentou deflação consecutiva de um mês para outro, passando de -5,48% para -11,49%.
A maior contribuição positiva para o índice no mês de maio veio do grupo habitação, que registrou alta de 1,65% e teve impacto de 0,24 p.p. Esse grupo foi influenciado, principalmente, pelo aumento de 7,32% no item energia elétrica residencial, devido a reajustes de tarifa e à entrada da bandeira amarela; neste ano, esse item já acumula alta de 13,19%.