A inflação de produtos e serviços registrou uma leve queda em Fortaleza e fechou novembro em 0,16%, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8). Em outubro a inflação da capital foi de 0,41%.
Os setores com maior deflação foram alimentação e bebidas com redução de – 1,03% e artigos de residência, com -0,50%. Apresentaram alta os índices como vestuário, com 0,77%; habitação (0,47%); transportes (0,39%) e educação (0,11%).
Índice acumulado em outros grupos de despesa:
- Saúde e cuidados pessoais: 0,03%
- Despesas pessoais: 0,03%
- Índice Geral: – 0,16%
- Comunicação: – 0,17.
A inflação de produtos e serviços desacelerou no Brasil e acumula, no ano, avanço de 2,5% – o mais baixo para o mês de novembro desde 1998. O resultado representa menos da metade da taxa registrada no mesmo período de 2016.
Os preços de alimentos e bebidas, que têm o maior peso no cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulam queda de 2,4%, a mais intensa desde a implementação do Plano Real em 1994, de acordo com o IBGE. A alimentação fora de casa está 5,25% mais barata, e alguns alimentos como feijão, arroz, farinha e açucar custam até 40% menos.
Se por um lado o preço dos alimentos caiu, o do gás de cozinha subiu 14,75%. O impacto no índice geral de preços não foi maior porque seu peso no cálculo não é tão grande quanto o dos itens de alimentação. A alta de preços também perdeu força de outubro para novembro. O IPCA ficou em 0,28% no penúltimo mês do ano, depois de avançar 0,42% em outubro.
Nessa base de comparação, caíram os preços de alimentação e bebidas (-0,38%) e artigos de residência (-0,45%). O recuo do IPCA no mês não foi maior porque os preços relativos a habitação subiram 1,27%, sob influência, principalmente, da energia elétrica mais cara (4,21%, em média). Só em Goiânia, a energia elétrica subiu 14,40%. Também subiram os preços de gás de botijão (1,57%) e taxa de água e esgoto (1,32%).
Com o aumento dos preços da gasolina (2,92%) e do etanol (4,14%), o grupo de despesas com transportes avançou de 0,49% para 0,52%. Por outro lado, as passagens aéreas ficaram 10,03% mais baratas em novembro.
Segundo Goncalves, a recessão ainda influencia os preços. “As famílias ainda estão com o comportamento tímido. Apesar da retomada de alguns empregos e do Fundo de Garantia, elas ainda estão segurando o consumo e isso impacta nos preços.”
Em 12 meses, o IPCA chegou a 2,8% – acima dos 2,7% registrados anteriormente. O número segue bem abaixo do centro da meta de inflação do Banco Central, de 4,5% no ano. O IPCA de novembro ficou abaixo da média de 0,35% estimada por 27 consultorias e instituições financeiras consultadas peloValor Data. O intervalo das projeções ia de alta de 0,31% a 0,47%. No acumulado de 12 meses, a expectativa era de alta de 2,88%.
Nesta sexta-feira, o IBGE também divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,18% em novembro, abaixo do 0,37% de outubro. No ano, o índice acumula alta de 1,80% (abaixo dos 6,43% de 2016) e, em 12 meses, de 1,95%, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (1,83%). Em novembro de 2016, o INPC foi de 0,07%.
Com informação do G1