O fim do orçamento destinado à construção de moradias para a população de baixa renda, por meio do Programa Casa Verde Amarela, pode provocar a suspensão, a qualquer momento, das obras de imóveis que atendem aos trabalhadores com renda de até 2 salários mínimos.
Sem dinheiro no Orçamento da União, nem previsão, por parte do Executivo Federal, do envio ao Congresso Nacional de um projeto de lei com pedido de autorização para abertura de crédito suplementar para o Casa Verde Amarela, empresários da construção civil trabalham com cenário de ameaça real de paralisação de obras na última semana de agosto ou mesmo início de setembro. A suspensão afetará, também, trabalhadores de construtoras no Ceará.
O Programa Casa Verde Amarela ganhou a denominação no Governo do presidente Jair Bolsonaro em substituição ao Minha Casa Minha Vida, criado na gestão do PT. Em 2021, após o veto presidencial, o orçamento do programa ficou limitado a R$ 400 milhões para a faixa 1 que contempla famílias que ganham até R$ 2 mil mensais).
Com a ameaça de paralisação das obras do Casa Verde Amarela, a semana deve ser marcada pelas pressões das lideranças empresariais e sindicatos de trabalhados para o Governo Federal agir com rapidez e garantir a suplementação orçamentária, evitando, assim, demissões e desemprego.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) tem procurado ajuda no Congresso Nacional para manutenção do programa que contribui para retomada da economia em meio ao cenário da pandemia da Covid-19.