Milhares de cearenses esperam, ansiosamente, pela concessão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). E essa fila é longa e cresceu nos útimos anos, chegando a 1.231.322 pedidos em janeiro. As informações foram obtidas pelo Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) por meio do Portal da Transparência. Os números apontam que somente na virada de 2022 para este ano, 143.464 pedidos entraram na fila. 

Em relação a todas as solicitações já feitas e paradas, Benefício de Prestação Continuada ( com 392.979 pedidos), aposentadoria por idade (com 194.022) e auxílio-doença (com 181.018) lideram o ranking de requerimentos em análise.

Além disso, a fila de concessão também está mais demorada: o tempo médio de espera pela concessão subiu de 79 para 85 dias, mas chega a 145 nos pedidos de auxílio-acidente de trabalho e até 159 para aposentadoria por incapacidade permanente (invalidez). Os requerimentos de auxílio-reclusão, porém, são os que mais demoram a ser concedidos: 1.814 dias, quase cinco anos, me média. O benefício de um salário mínimo é destinado aos dependentes de trabalhadores de baixa renda que recolhiam para a Previdência Social há pelo menos 24 meses antes de serem presos.

Na avaliação do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), a análise automática do INSS (sem a necessidade de o processo passar por um servidor) até tem sido rápida, mas com muitos benefícios concedidos de forma errada ou rapidamente indeferidos. Isso leva os segurados a recorrerem ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). Mas, nesses casos, os requerimentos levam ainda mais tempo para serem analisados. Segundo o Cherulli, os processos em fase recursal demoram mais de seis meses para serem julgados. Quando voltam do recurso, leva-se, em média, mais um ano para que o INSS cumpra a decisão do conselho.