Doenças transmitidas por alimentos têm aumentado nos Estados Unidos, conforme alertado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que recentemente notificaram um surto de E. coli associado ao sanduíche “Quarteirão” do McDonald’s. Esse surto resultou em ao menos 49 casos de contaminação em 10 Estados, incluindo uma morte. As autoridades ainda não identificaram o ingrediente específico que originou o problema, mas a FDA, agência reguladora de alimentos, investiga as cebolas fatiadas e os hambúrgueres usados no sanduíche como potenciais fontes de contaminação.

Outro surto de listeria foi vinculado ao consumo de patê de fígado e carnes frias da rede Boar’s Head, levando a dezenas de hospitalizações e pelo menos 10 óbitos. Entre as infecções alimentares, o norovírus é a mais comum nos EUA, responsável por cerca de metade dos surtos. Ele se dissemina facilmente através de alimentos, bebidas e pelo contato indireto, como o uso compartilhado de utensílios.


Cuidados


Os órgãos de prevenção reforçaram que, para nos mantermos em segurança, devemos higienizar as mãos com água e sabão, evitar preparar alimentos quando estivermos com sintomas como náuseas e vômitos e cozinhar carnes e peixes a temperaturas adequadas: frango e peru devem atingir 74°C, enquanto peixes devem ser cozidos a 63°C. É essencial também lavar frutas e vegetais antes do consumo e evitar o uso de utensílios que tocam carne crua em outros alimentos.

Além disso, armazenar alimentos adequadamente também é vital, com o tempo máximo fora da refrigeração sendo de duas horas, ou uma hora em ambientes muito quentes. Para grupos vulneráveis são necessárias precauções adicionais, como evitar carnes frias e verificar se os alimentos foram cozidos adequadamente.

A listeria, comum em carnes frias e leite não pasteurizado, é especialmente perigosa para idosos, bebês, imunocomprometidos e grávidas, pois pode causar complicações severas como aborto espontâneo e parto prematuro.

Entre as bactérias, a Campylobacter é frequentemente associada ao consumo de frango malcozido, assim como a salmonela, a E. coli e a listeria.

No caso do McDonalds, a cepa causadora, O157:H7 de E. coli, é conhecida por sua agressividade, podendo provocar complicações graves como a síndrome hemolítico-urêmica, que compromete o funcionamento dos rins.

Os sintomas mais comuns de infecção alimentar incluem náuseas, vômitos, diarreia e dores abdominais, além de febre e sintomas semelhantes aos da gripe. Alguns casos, especialmente envolvendo a cepa O157:H7, podem apresentar diarreia com sangue. A maioria das infecções se resolve espontaneamente, com hidratação sendo o principal cuidado necessário, embora casos mais graves precisem de assistência médica.

(*)com informação do site Terra