O Irã se comprometeu neste sábado a responder à medida do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impede a entrada nos EUA de pessoas vindas de sete países de maioria muçulmana, incluindo o Irã. A medida suspende a emissão de vistos norte-americanos para cidadãos desses países.
O Ministério de Relações Exteriores do Irã afirmou em um comunicado divulgado pela agência de notícias oficial que a proibição imposta por Trump é um “óbvio insulto ao mundo islâmico e, em especial, à grande nação iraniana”. O texto afirma ainda que a decisão de Trump é um “presente aos extremistas e seus apoiadores”.
O comunicado promete uma reação proporcional do ponto de vista legal, consular e político, mas não detalha qual será a reação.
A medida de Trump, que tem efeito por pelo menos 90 dias, foi imposta como uma ação de combate ao terrorismo, mas já foi amplamente sentida.
No Cairo, seis iraquianos e um cidadão do Iêmen foram impedidos de embarcar em um voo para Nova York neste sábado. Todas as companhias aéreas operando no Egito foram informadas mais cedo de que deveriam enviar uma lista de passageiros e suas informações para a aprovação de autoridades norte-americanas.
A Qatar Airways afirmou em seu site que cidadãos dos sete países afetados só terão permissão para viajar aos Estados Unidos se eles pertencerem a uma lista de categorias específicas de visto, como a de autoridades do governo ou das Nações Unidas.
Já outra companhia aérea, a Emirates, disse que um pequeno número de passageiros foi afetado.
Conforme o jornal The Wall Street Journal apurou, o Departamento de Estado norte-americano deverá emitir um comunicado afirmando que cidadãos desses países atingidos que tenham dupla nacionalidade serão barrados de entrar nos Estados Unidos. A medida não atinge pessoas com dupla nacionalidade e que tenham cidadania norte-americana. Fonte: Dow Jones Newswires.
Estadão Conteudo