A Janssen protocolou na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido para incluir a recomendação de uma dose de forço da vacina contra Covid-19 produzida pelo laboratório. A agência tem 30 dias para analisar o pleito e decidir se autoriza ou não a alteração da bula.
No pedido, registrado na sexta-feira e divulgado ontem, a empresa apresentou estudos pelos quais defende a aplicação de mais uma dose em pessoas que tomaram a própria Janssen ou Pfizer.
“As possíveis condições de uso, indicações e intervalos serão definidos pela Agência a partir das informações e evidências científicas disponíveis. Os dados são de responsabilidade da empresa e devem demonstrar o benefício da dose de reforço em relação a sua segurança e eficácia”, informa a Anvisa em comunicado divulgado à imprensa.
Até agora, a Janssen era aplicada em dose única. Na terça-feira passada, entretanto, antes mesmo de o pedido chegar à agência regluladora, o Ministério da Saúde anunciou que passaria a adotar mais uma dose para quem havia tomado o imunizante.
Outras vacinas
Na quinta-feira, o ministério publicou uma nota técnica que orienta a aplicação da uma dose de reforço também para adultos que tenham sido submetidos aos imunizantes de Pfizer, de AstraZeneca e Coronavac há pelo menos cinco meses. Diferentemente da Janssen, contudo, essas três são aplicadas em duas duas.
A dose de reforço deve ser, preferencialmente, de Pfizer, já que diversos estudos mostram que o imunizante que usa a tecnologia do RNA mensageiro promove maior resposta imunológica. Na falta dessa vacina, AstraZeneca ou Janssen podem ser administradas.
“O Ministério da Saúde opta por adotar a administração, a partir do 17 de novembro de 2021, de uma dose de reforço da vacina covid-19 para todos os indivíduos com mais de 18 anos de idade, que deverá ser administrada 5 meses após a última”, diz o documento elaborado pela pasta.
(*) Com informações O Globo