O deputado federal José Airton Cirilo (PT) destacou, nesta quarta-feira, em entrevista ao Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – RMF + 25 emissoras no Interior + Internet), as articulações para abertura do debate no Congresso Nacional sobre o adiamento das eleições municipais. Uma das propostas, que tem como um dos articuladores o deputado federal Paulo Guedes (PT), conforme José Airton, é adiar o pleito para o mês de dezembro. Outro projeto, de autoria do deputado federal Aécio Neves (PSDB), transfere as eleições para 2022.

José Airton se opõe ao uso dos recursos do Fundo Eleitoral, calculado em R$ 2 bilhões, para o combate ao coronavírus porque considera que o redirecionamento dessas verbas para a área de saúde não irá resolver o problema. O petista cobra que, por exemplo, ao invés dos gastos elevados com juros da dívida externa, o Governo Federal deveria destinar uma parte desse dinheiro para ações de combate ao coronavírus.

Tem essa discussão de destinação dos recursos para a área da saúde, eu particularmente acho que isso não resolve porque os recursos do fundo eleitoral são 2 bilhões de reais e se você analisar, o Brasil paga anualmente paga anualmente quase um 1 trilhão de juros e amortização da dívida, se tirar 300 bilhões não vai fazer falta, a questão aqui é política e saber o que é prioridade

Ao falar sobre as suas ações em Brasília, José Airton disse que destinou R$ 11 milhões e 176 mil para municípios do Ceará adotarem mais medidas de combate ao coronavírus.“Nós temos que fazer um debate mais profundo, porque não é tirar dinheiro do fundo eleitoral que vai resolver o problema, eu particularmente como deputado federal tô fazendo minha parte, os recursos que eu tenho e das emendas individuais destinei praticamente todo para a área da saúde, coloquei mais de 13 milhões de reais para o custeio, aquisição de materiais e equipamentos para a área da saúde”, afirma o parlamentar.

O deputado federal José Airton endossa a corrente política que vê precipitação na abertura dos debates sobre as eleições de 2020. Somente, ao final de abril ou maio, em seu entender, é que o tema deve entrar no debate na Câmara e no Senado. Até o momento, segundo José Airton, tem-se uma projeção sobre o coronavírus, mas o quadro real quanto à estabilidade ou expansão do vírus só poderá ser feito em 30 ou 60 dias.

Nós precisamos ter consciência de que o Brasil passa por um problema gravíssimo e que nós precisamos unir as forças independente das nossas divergências políticas, religiosas, precisamos estar juntos porque o problema é mais grave do que a gente possa imaginar