O deputado José Airton Cirilo (PT) decidiu suspender, por 10 dias, as conversas e articulações sobre as eleições de 2022 para viajar à Escócia e participar, como um dos representantes da Câmara, do Congresso Brasileiro na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-26). A 26a edição do evento começa nesta segunda-feira (1º) e se estende até o dia 12 de novembro, em Glasgow.

José Airton, que se coloca como pré-candidato e defende que o PT lance um nome próprio ao Governo do Estado em 2022, e, durante a viagem, manterá contatos, por telefone, com setores do PT e de outros partidos que querem construir um palanque para o ex-presidente Lula no Ceará. Quanto à pauta ambiental, José Airton destaca as questões relacionadas ao desmatamento, desregulamentação ambiental, liberação de agrotóxicos e mercado de carbono.

“A contribuição mais importante que o Brasil pode dar para o controle das mudanças climáticas é o desmatamento zero, principalmente na Amazônia”, disse José Airton, ao acusar o governo federal de permitir um “afrouxamento da fiscalização” e provocar, com essas medidas, consequências severas ao meio ambiente.

“O desregramento ambiental tem sido uma marca do Brasil nos últimos dois anos e isso está cobrando um preço elevado para nosso país e até para o mundo”, aponta o deputado, que integra a Frente Parlamentar em Defesa das Energias Renováveis e é titular da Comissão de Turismo da Câmara.


As alterações vêm ocorrendo no âmbito do Governo Federal e seus ministérios, por meio de decretos, portarias e despachos. Para José Airton, é necessário impedir que esse processo se dê também no âmbito do Legislativo.

RETROCESSO NO BRASIL

O relatório anual de emissões de CO2 (Emissions Gap Report), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), traz uma análise das contribuições das 20 maiores economias do mundo (G-20). E o Brasil é o único país que apresenta retrocesso, o que configura violação do Acordo de Paris. “Esse resultado envergonha o Brasil perante o mundo”, comenta o deputado. Já tramita na Câmara dos Deputados um projeto que prevê a criação de um mercado voluntário de créditos de carbono. Crédito de carbono é um certificado que atesta e reconhece a redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE), responsáveis pelo aquecimento global.

(*) Com informações da Assessoria de Imprensa do Gabinete do Deputado José Airton Cirilo