Enquanto 47% dos eleitores defendem que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declare Jair Bolsonaro (PL) como inelegível, 43% do eleitorado acreditam que os direitos políticos do ex-presidente devem ser preservados. Esses números foram apresentados nesta quinta-feira (22/6), pela pesqusa Genial/Quaest, que perguntou a 2.029 pessoas a partir de 16 anos, se o ex-chefe do Planalto deve ser condenado pelo TSE por falas sobre fraude nas urnas.
O levantamento quantitativo se refere ao cenário em que Jair Bolsonaro é julgado, nesta quinta, pela corte máxima eleitoral. A análise do processo que acusa o ex-presidente por abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação oficial, durante reunião com embaixadores, em julho de 2022, começou às 9h. Se condenado, Bolsonaro ficará inelegível por oito anos.
Embora o contexto apresentado pela pesquisa mostre uma certa divisão entre os eleitores que defendem a condenação e os que apoiam a preservação do direito de Bolsonaro se candidatar a cargo públicos, há os que “não sabem” ou optaram por não responder. Esse grupo corresponde a 10% do eleitores, segundo a Quaest.
Maioria de brancos e nulos em 2022 defende condenação
Segundo a pesquisa Genial/Quaest, a maioria dos eleitores que votaram ‘branco’ ou ‘nulo’ no segundo turno das eleições de 2022 defende que o TSE declare como inelegível Jair Bolsonaro. De acordo com a pesquisa, 47% deste grupo defendem a condenação, enquanto 33% desejam que a corte mantenha os direitos políticos do ex-presidente, e 20% optaram por não se posicionar.
Esse dado chama a atenção porque, no pleito do ano passado, esses eleitores se abstiveram de escolher entre o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro.
Entre os que apertaram 13 (Lula) em 2022, 80% desejam que o TSE torne Bolsonaro inelegível, já 12% não e 8% não sabem ou não responderam a essa pergunta. No grupo de pessoas que apertou 22 (Bolsonaro), o levantamento Genial/Quaest apontou que 82% defende a manutenção dos direitos políticos do ex-presidente, 13% apoia a condenação e 6% não sabem ou não responderam.
(*)com informação do Jornal Braziliense