O jurista Ives Gandra Martins, disse hoje (7), durante palestra no Fórum Reforma Brasil, organizado pela Associação Comercial de São Paulo, para discutir as reformas necessárias para o crescimento do Brasil, que é preciso que o governo federal tenha estabilidade até o final de seu mandato. Segundo ele, nos primeiros oito meses da gestão do presidente da República, Michel Temer, setores da sociedade contrários ao governo já começaram a reconhecer que o país está no caminho certo. “A inflação caiu, vamos ficar abaixo dos 4,5% da meta da inflação, a exportação está aumentando e temos as reformas do teto dos gastos públicos”, afirmou.
Ives Gandra disse ser impossível o país continuar convivendo com “uma espécie de dinossauro de legislação, de 1943”, ao defender a necessidade de se reformar a legislação trabalhista. “É como se o Brasil tivesse que viver nos moldes e padrões dessa época. A negociação coletiva de trabalho é fundamental e não compreendo como os sindicatos se opõem a isso quando é preferível preservar empregos do que ter desempregados protegendo uma legislação jurássica, que é a CLT (Consolidação de Leis do Trabalho)”.
Sobre a reforma tributária, Ives Gandra disse que sua implantação depende de uma reforma administrativa, e que se o governo não reduz despesas não há possibilidade de reduzir tributos. “O custo da Federação é de tal natureza que qualquer reforma tributária que reduza os impostos nos deixaria com carga tributária de 35% do Produto Interno Bruto (PIB) contra a dos Estados Unidos, com 24%, Coreia do Sul com 24%, China com 20% e México com 19%”.