Com foco em uma campanha educativa para a prevenção da tuberculose em todas as unidades prisionais, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) repassou hoje R$ 27,5 milhões à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para ampliar, qualificar e apoiar o conhecimento sobre a doença e suas formas de contágio, diagnóstico e tratamento.
As ações serão úteis não apenas para os detentos, mas para os familiares e profissionais da sociedade civil que trabalham diretamente nas unidades prisionais. Dados do Ministério da Saúde mostram que mais de 6 mil pessoas privadas de liberdade adoeceram de tuberculose em 2016, o que representa 9,2% do total de infectados no país.
A taxa de contágio no período foi de 897 para cada 100 mil pessoas dentro do sistema prisional brasileiro. Na população em geral, esse número é de cerca de 36 para 100 mil. Por ano, cerca 4,5 mil pessoas vão a óbito devido a esse mal.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tuberculose é grave problema de saúde pública mundial e milhares de pessoas ainda adoecem e morrem devido à doença e suas complicações. Em 2014, a OMS aprovou uma estratégia global com foco em um mundo livre da tuberculose até 2035.
Considerado um dos países com maior número de casos de tuberculose, o Brasil precisa reduzir o número de óbitos por tuberculose em 95%, comparado com 2015, até 2035. As ações nos presídios estão previstas para o segundo semestre de 2018.