A Justiça Federal de São Paulo estabeleceu prazo de dez dias para o Comando do Exército Brasileiro prestar explicações sobre uma licitação para a compra de caviar, bebidas alcoólicas, uma tonelada de camarão, entre outros mantimentos de luxo, que somariam cerca de R$ 6,5 milhões.

O processo iniciou após o advogado Everson Vaz Piovesan, de São Bernardo do Campo, ABC paulista, entrar com uma ação popular para que a União e o Exército explicassem sobre os gastos com alimentos em 14 de junho. A ação foi proposta pelo advogado para identificar gastos ou atividades irregulares e tem fim “pedagógico”.

O juiz federal Fernando Marcelo Mendes, titular da 13ª Vara Cível Federal, estabeleceu o prazo para o Exército se manifestar no último dia 26 de junho. Ele pede que a parte intimada explique a pertinência da compra. Em nota, o Exército afirmou que “prestará todo o apoio à Justiça Federal em suas solicitações” e que a licitação não obriga a administração a adquirir os produtos. “Enquanto o assunto estiver sendo tratado na Justiça, o Exército não irá se pronunciar sobre o ocorrido, ressaltou a comunicação social do Exército.