As lideranças nacionais do PT e PSB deflagram, nesta quarta-feira (01), uma série de reuniões para discutir a formação de uma federação partidária que permita as duas agremiações aumentar o número de deputados federais nas eleições de 2022. A estratégia é agregar no mesmo bloco outras siglas de esquerda e centro-esquerda. Nessa relação, estão PC do B, PV, Rede e PSOL.
A primeira reunião para discutir a união com o PT em uma federação mobiliza, nesta manhã, em Brasília, o presidente da Executiva Nacional do PSB, Carlos Siqueira, e deputados federais do partido. As informações de bastidores apontam que a maioria da bancada é favorável à formação de uma federação com o PT. À noite, dirigentes nacionais e deputados federais realizam, por meio virtual, reunião para avaliar os cenários da construção de uma federação partidária.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, reconhece divergências na linha de atuação de cada sigla, mas não as enxerga como obstáculo para a união. “No âmbito geral, todos os partidos, o próprio PT, mas também o PSB, têm suas divergências, e isso precisa ser equacionado para poder se concretizar. A bancada pediu para conversar comigo, eles querem expressar a vontade deles, e eu quero ouvir também”, observa o líder socialista ao antecipar que já manteve diálogo com PC do B, PSOL, PV.
Diferente das coligações, as federações partidárias são formadas com diretrizes para uma legislatura (quatro anos), com imposição da fidelidade e, também, compartilhamento dos recursos dos fundos partidário e eleitoral. Ao longo de quatro anos, a atuação dos partidos que integram federação será, obrigatoriamente, sintonizada nos âmbitos municipal, estadual e federação. Para o jornalista Beto Almeida, em sua participação no Jornal Alerta Geral, diferente da coligação a federação é um casamento com duração de quatro anos.