O Ligue 180, dispositivo central na estratégia de enfrentamento da violência contra a mulher no país, já recebeu, até o mês de julho, 84,3 mil denúncias, volume que equivale a um aumento de 33,5% em relação ao mesmo período em 2023. No Ceará, em 2024, a Central registrou 2.197 denúncias — um aumento de 34,13% em relação ao mesmo período do ano passado.

Entre as denúncias realizadas, 1.292 foram apresentadas pela própria vítima, enquanto em 902 o denunciante foi uma terceira pessoa. A casa da vítima ainda é o cenário onde mais situações de violência são registradas. No Ceará, 1.012 denúncias tinham este contexto.

O maior número de denúncias está relacionado à violência contra mulheres entre 35 e 39 anos. São as mulheres negras as vítimas mais frequentes nas denúncias e são os seus companheiros, ou ex-companheiros, e esposos aqueles que mais cometem atos violentos, responsáveis por 738 casos.

O Governo Federal ainda anunciou neste mês mais uma etapa da reestruturação do Ligue 180, que agora passa a atuar de forma totalmente independente à Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. De acordo com o Ministério das Mulheres, a mudança retoma o Ligue 180 como um serviço de utilidade pública essencial ao enfrentamento à violência contra mulheres. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.