Moradores, lideranças comunitárias, políticas, empresariais e religiosas acompanham com atenção os desdobramentos do litígio de terras entre os Estados do Piauí e Ceará. A briga, como relata o repórter Carlos Alberto, em participação no Jornal Alerta Geral, está no Supremo Tribunal Federal, STF, e, nesse momento, é marcada pela apresentação e, ao mesmo, contestação de mapas e documentos.


O vizinho estado do Piauí reivindica uma área territorial que engloba terras de 13 municípios das Regiões dos Sertões de Crateús, Norte, Ibiapaba e Serra Grande, onde estão concentradas 517 mil pessoas. Os dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), que compõe o Grupo de Trabalho (GT do Litígio), revelam que, nessa área, o Produto Interno Bruto (PIB) somou, em 2021, a 6 bilhões e 900 milhões de reais, valor equivalente a 3,6% do total do PIB do Ceará.


O estudo do Ipece mostra a real dimensão dos impactos para a economia cearense – e não apenas no território do litigio, caso a área reivindicada pelo Piauí fosse desvinculada do Ceará. O estudo destaca, ainda, que uma eventual perda territorial teria um impacto sistêmico que transcenderia os limites geográficos, afetando todos os setores da economia local e a qualidade de vida da população em geral.