O presidente da Executiva Regional do PSDB, ex-senador Luiz Pontes, disse, nesta sexta-feira (25), em entrevista ao Jornal Alerta Geral (FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza + 24 emissoras no Interior + Internet), que o partido está menor, mas, nas eleições de 2020, não terá oportunistas que queriam abrigo para se candidatar e, após serem eleitos, desembarcariam no partido do governo. Pontes revela que não entregou o PSDB a quem estava com a intenção de se eleger e depois abandonar o partido.

‘’Existem muitos oportunistas que querem o partido para se candidatar. Eles tem condições de se eleger, mas são daqueles que gostam de estar ´perto do poder, se elegem pelo PSDB e, amanhã, mudam de partido’’, afirmou Luiz Pontes, ao declarar que o partido passou por uma espécie de depuração para as eleições municipais de 2020, terá menos candidatos a prefeito em relação a pleitos passados, mas a qualidade prevalece na construção de um novo caminho.

Ao rejeitar pedidos de filiação de pré-candidatos a prefeito de cidades do Interior e da Grande Fortaleza que, pelo histórico usariam a sigla e, após eleitos, sairiam para outras agremiações, Luiz Pontes justificou que a decisão foi tomada pela experiência de quem vivenciou o oportunismo de alguns e não queria repetir o erro, nem ser enganado. ‘’Cansamos de ser enganados’’, desabafou, ao falar sobre a decisão de não entregar a PSDB a muitos pré-candidatos a prefeito.

A depuração, segundo Luiz Pontes, pode gerar desestímulo se comparado o quadro atual com o ápice do PSDB quando o partido tinha a metade dos prefeitos do Ceará, mas, conforme enfatizou, é melhor trabalhar com o pé na realidade.

‘’Preferimos trabalhar com uma base menor, com novas lideranças, plantar uma semente para o futuro e acreditando que o sistema eleitoral vai mudar, com a implantação do voto distrital’’, disse Pontes, que, ao longo da atuação na Assembleia Legislativa, Câmara Federal e Senado defendeu o voto distrital misto como o único caminho para o fortalecimento dos partidos e maior identificação entre eleitos e eleitores.

O sistema do voto distrital permite aos eleitores escolherem os candidatos do próprio distrito (área territorial formada, por exemplo, por cidades de uma região do Estado). O sistema cria maior vínculo entre eleitos e eleitores, gerando, assim, mais compromisso do filiado com o programa do partido político. O sistema tem, também, a subdivisão que se chama distrital misto, que é caracterizado pela definição de uma lista de candidatos a serem submetidos pelo partido aos eleitores do distrito. Os mais votados da lista e do distrito serão os eleitos ao Legislativo.

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