O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta segunda-feira (9), os cinco integrantes do primeiro escalão do seu Governo e confirmou o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para comandar o Ministério da Fazenda. O nome do ex-prefeito entrou na bolsa de especulações há mais de um mês e teve a confirmação para uma das principais pastas da gestão Lula.

A escolha de Haddad gera críticas pela falta de identificação com a área que vai administrar, mas é a aposta do presidente Lula na certeza de que o Governo não pode errar e, nesse dever de casa, é preciso acertar nas ações voltadas à estabilidade da economia, ao controle de preços e, especialmente, à geração de empregos.

Se Fernando Haddad acertar, o presidente Lula irá capitalizar os bônus da política econômica. Se Haddad errar, Lula arcará com os seqüelas de possíveis desencontros na economia que podem gerar desgastes eleitorais e comprometimento da permanência do PT na Presidência da República nas eleições de 2026.

NORDESTE NO MINISTÉRIO DE LULA

Outros quatro nomes foram anunciados para ocupar cadeiras na Esplanada dos Ministérios a partir do dia primeiro de janeiro de 2023. O atual governador da Bahia, Rui Costa, irá comandar o Ministério da Casa Civil, enquanto outro nordestino, o ex-governador e senador eleito pelo Estado do Maranhão, Flávio Dino, será Ministro da Justiça. A lista de ministros anunciada, nesta sexta-feira, tem, ainda, o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro (Ministério da Defesa) e embaixador Mauro Vieira (Chancelar).

Com os nomes antecipados, o presidente eleito Lula começa a dar cara ao Governo que irá liderar no quadriênio 2023-2026. Outros componentes do Ministério deverão ser anunciados na próxima semana após a diplomação de Lula, que acontece, na segunda-feira (14), no Tribunal Superior Eleitoral(TSE).