O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anuncia, a qualquer momento, as primeiras mulheres para o Ministério, mas o nome da Governadora Izolda Cela, cotado para a Educação, enfrenta forte resistência de grupos do PT que querem que a pasta seja controlada por um militante da sigla. O deputado federal Reginaldo Lopes (MG) é o nome indicado pelo Núcleo de Educação e Cultura.

Izolda era filiada ao PDT, mas, neste ano, após ter o nome rejeitado para concorrer ao Palácio da Abolição em uma manobra do presidenciável Ciro Gomes, se desfiliou do partido para apoiar à candidatura de Elmano de Freitas ao Governo do Estado. Hoje, a governadora não tem filiação partidária.

JORNAL ALERTA GERAL

Os bastidores e a queda de braço para definição do Ministério da Educação ganham destaque, no Jornal Alerta Geral, com a participação do jornalista Beto Almeida, com críticas à queimação ao nome de Izolda Cela por setores do PT. Gerado pela FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza, o Jornal Alerta Geral tem transmissão por mais de 20 rádios do Interior e pelas redes sociais do @cearaagora.

ACENO NA CAMPANHA ELEITORAL

Durante a campanha do segundo turno, o então candidato Lula gravou mensagem e, ao lado de Izolda, pediu pra ela, Izolda, se preparar porque, em 2023, teria muito trabalho. As palavras foram entendidas como uma sinalização para a Governadora do Ceará assumir o Ministério. A disputa por poder mudou o cenário e o PT quer abocanhar a Educação.

As informações dos bastidores políticos apontam que a movimentação para fragilizar o nome de Izolda partiu de integrantes da equipe de transição, inquietos com a proximidade dela com a Fundação Lemann. A entidade é uma organização privada que desenvolve projetos e iniciativas para a educação pública. As restrições ao nome de Izolda Cela, interpretadas como queimação e que retratam a briga e a ganância pelo poder, são feitas por setores do PT que consideram o possível vínculo como malvisto na definição de programas para o ensino público sem interferência da área privada.


“A atual conjuntura que se consolida com a posse do presidente Lula exige a defesa intransigente da educação pública e popular como pilar do desenvolvimento nacional. Educação que deve ser gratuita, democrática, laica, inclusiva, com gestão pública e de qualidade social e, notadamente, deve ter no reforço do papel do Estado centralidade para garantia deste direito público subjetivo”, destaca o trecho da nota do Núcleo de Educação e Cultura.


ELOGIO DE ADVERSÁRIO


Opositor ao Governo do Estado, o vice-presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Moses Rodrigues (União), saiu em defesa do nome de Izolda para o Ministério da Educação. A declaração de Moses está publicada no Jornal O Globo.
‘’Ela é uma educadora, tem uma boa formação e fez um bom trabalho em Sobral, reconhecido nacionalmente’’, disse Moses, que, ainda, acrescentou. ‘’Na parte técnica, ela é capacitada e a nomeação dela seria muito boa para o Brasil. Sou opositor político, mas ela é um nome totalmente qualificado para ser ministra da Educação’’.

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