O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva transformou o PSD em objeto de desejo para compor uma aliança no primeiro turno da disputa pelo Palácio do Planalto. O líder petista voltou, nessa terça-feira, a se reunir com o presidente da Executiva Nacional do PSD, Gilberto Kassab, que, no encontro, de acordo com as informações de bastidores, reafirmou o desejo de lançar candidato próprio à sucessão presidencial.
O PSD, sigla que compõe o espectro partidário de centro direita, desperta o interesse do ex-presidente Lula na formação de uma aliança que transmita aos diferentes setores da sociedade a imagem de equilíbrio, diálogo e moderação. Lula trabalha para dissociar ainda mais a imagem de que o PT agirá com radicalismo se voltar ao Palácio do Planalto. Essa é uma das razões para a articulação que garanta a escolha do ex-governador de São Paulo e ex-tucano, Geraldo Alckmin, como candidato a vice-presidente.
Alckmin tem o PSB como principal alternativa para se filiar, mas as portas do próprio PSD ainda não estão fechadas. O ex-prefeito Gilberto Kassab reafirma que o nome do partido para concorrer à sucessão presidencial é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Pacheco não demonstra muito entusiasmo com a candidatura e as pesquisas o desanimam ainda mais.
As articulações de bastidores apontam que, se entrar na aliança com o PT no primeiro turno, o PSD pode consolidar, caso o ex-presidente Lula saia vitorioso, a permanência de Rodrigo Pacheco no comando do Congresso Nacional. Ao insistir na candidatura própria, Gilberto Kassab abre diálogo, também, com o Governador Eduardo Leite, que perdeu as prévias no PSDB e anda descontente no ninho tucano.