A estratégia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece ter mudado nas últimas horas. O petista deixou de apoiar as “Diretas Já” e passou a defender que a militância comece a trabalhar para 2018. Em discurso inflamado na abertura do 6º Congresso Nacional do PT, na noite desta quinta-feira (1º), Lula cobrou dos correligionários que adotem estratégia para eleger maioria no Congresso nas eleições previstas para o ano que vem, para que não seja preciso “fazer aliança com outros partidos”.
Ele disse que quer preparar o partido “para voltar a governar esse país”. “Estamos aqui para mostrar que se a elite não sabe resolver o problema do país, nós provamos que sabemos, já fizemos e vamos fazer outra vez”, declarou.
Réu em cinco processos, sendo três na Operação Lava Jato, Lula disse que é inocente e que já provou isso, “eu agora vou exigir que eles provem a minha culpa. Cada mentira contada será desmontada”, afirmou.
O ex-presidente ainda ironizou a denúncia do empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, de que ele e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) eram beneficiários de contas no exterior, por mediação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o chamou de canalha.