O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou com a escolha do vice-presidente Geraldo Alckmin para o Ministério da Indústria e Comércio. Ao chamar o vice para uma pasta estratégica, Lula sinaliza, com segurança, para ampliar o diálogo com o setor produtivo.
De perfil de centro, Alckmin foi uma aposta de Lula para compor uma chapa com maior inserção nesse espectro político e ideológico. O nome de Alckmin surgiu após o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, o empresário Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra, declinarem do convite feito pelo presidente Lula.
Herdeiro do ex-vice-presidente José Alencar, morto em 2011, Josué é alvo de críticas de um grupo de empresários que quer destituí-lo da Fiesp e disse ao presidente Lula que sobreviverá à crise, mas não poderia assumir o ministério como um “derrotado”, pois pareceria “refugiado” dentro do governo.
O empresário Pedro Wongtschowski, que apoiou a candidatura de Simone Tebet (MDB-MS) ao Palácio do Planalto, adotou a mesma linha e argumentou que não poderia abandonar suas atividades.