O mundo artístico brasileiro está de luto com a morte, nesta quarta-feira (9), aos 77 anos de idade, da cantora Gal Costa. Após a confirmação do óbito, familiares e assessores não se pronunciaram sobre a causa da morte da cantora que, ao longo de 50 anos, fez sucesso nacional e internacional com canções românticas e, acima de tudo, de qualidade.

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945, em Salvador e, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia, se tornou uma das vozes mais importantes da música brasileira. A voz ecoou mundo afora com canções que marcaram muitas gerações.

Há poucos dias, Gal Costa passou por uma cirurgia e, por essa razão, cancelou um show em São Paulo. Ela era uma das principais atrações do Primavera Sound, realizado no último fim de semana, na capital paulista. De acordo com a assessoria de imprensa, Gal se submeteu a um procedimento cirúrgico para retirada de um nódulo nasal.

DA BAHIA PARA O MUNDO

A carreira de Gal Costa é marcado por grandes sucessos e, desde a estréia na música, aos 20 anos, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Tom Zé, a conquista do público foi sempre marcante. Uma das primeiras gravações – Eu vim da Bahia, de 1965, foi cantada com o conterrâneo Gilberto Gil. O Brasil se espantou mesmo com a voz da cantora em 1968, quando gravou o álbum Tropicália ou Panis et Circenses, com Caetano Veloso, Os Mutantes e Gilberto Gil.

Com voz poderosa, inconfundível e afinada, Gal Costa, associada ao talento excepcional de Gil e Caetano, fez da tropicália um movimento que mudou os rumos da música brasileira. O primeiro álbum solo saiu em 1969 e revelou músicas que entraram para sempre no repertório do cancioneiro nacional.

A lista de sucessos tem Namorinho de portão (Tom Zé), Se você pensa (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) e Baby e Divino Maravilhoso, ambas de Caetano Veloso. Mais tarde viriam Índia, Meu nome é Gal, Força estranha e Noites cariocas, todas do álbum Gal tropical, lançado em 1979. O último álbum foi lançado em 2021. Nenhuma dor tem participação de Criolo, Seu jorge, Zeca Veloso e Silva.

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