O rádio e o jornalismo esportivo estão de luto com a morte, na noite dessa quarta-feira (15), aos 87 anos, do radialista esportivo Washington Rodrigues, o ‘Apolinho’. Com mais de 60 anos de atividade à frente do microfone, Washington Rodrigues era apresentador e comentarista da Rádio Tupi.

‘Apolinho’, que estava internado no Hospital Samaritano na Barra da Tijuca para tratar de um câncer, veio à óbito momentos antes do encerramento da partida entre Flamengo X Bolívar, pela Libertadores. Flamenguista de coração, Washington Rodrigues chegou, também, a ser técnico e dirigente rubro-negro.
Ao noticiar a partida do amigo e colega de muitas jornadas esportivas, o locutor Luiz Penido, que narrava o jogo Flamengo X Bolívar, não conteve a emoção, começou a chorar e, com voz embargada, fez o registro sobre a morte de um dos maiores ícones da história do rádio brasileiro nos últimos 50 anos.

TRAJETÓRIA NO RÁDIO

Washington Carlos Nunes Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1936, começou a carreira profissional nos anos 60 na Rádio Guanabara, depois foi para a Rádio Nacional, onde se tornou profissional, em 1966. Ele ficou até 1969, quando ingressou na Globo. Desde então, passou pelas Rádios Continental, Vera Curz, Tupi e Nacional. Apolinho, aliás, não trabalhou só na rádio. Ele foi colunista do jornal O Dia e Meia Hora.


APELIDO DE APOLINHO

Durante depoimento ao Museu da Pelada, Washington Rodrigues contou a origem do apelido ‘Apolinho’. Ele trabalhava na Rádio Globo quando a emissora adquiriu os equipamentos de comunicação dos astronautas da missão Apollo 11, da Nasa.


“O apelido veio do microfone. O microfone se chamava Apolinho, porque era usado pelos astronautas na missão Apollo 11. A rádio comprou aquele equipamento. Então, deu ao microfone o nome de Apolinho. O Waldir Amaral, que era o narrador, falava: ‘Lá vai o Washington Rodrigues com o seu Apolinho”, disse o radialista, ao Museu da Pelada.