Em discurso na sessão de eleição da Mesa Diretora da Câmara nesta quinta-feira, 2, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que, se reeleito para comandar a Casa no biênio 2017-2018, vai trabalhar para que a Câmara seja um “parlamento reformista”. Ele defendeu a aprovação das reformas da Previdência e da legislação trabalhista para “tirar o Brasil do encilhamento”.

“(Vamos trabalhar para ter) um parlamento reformista, que entregue em 2018, um País crescendo, gerando empregos e com taxa de juros com menos de dois dígitos”, afirmou Maia, o primeiro dos seis candidatos a discursar. Ele defendeu também a rediscussão do Pacto Federativo para desconcentrar as receitas da União para os Estados e a aprovação “urgente” de uma reforma política.

Em sua fala, Maia também criticou a judicialização de sua candidatura por parte de seus adversários. “Muito se fala em independência da Câmara. Mas, mais uma vez, o ator principal da nossa eleição foi o Poder Judiciário. E por decisão dos próprios políticos”, disse o deputado, que teve a candidatura questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). Na quarta-feira, porém, o ministro Celso de Mello autorizou a candidatura de Maia.

Maia afirmou que, quando se fala em “Câmara forte”, é preciso atuar para isso. “Por isso que nossos embates precisam ser aqui dentro, para que a gente mostre para o Judiciário e ao Executivo que a Câmara quer respeito e sua soberania garantida”, disse. Ele avaliou que, em seu primeiro mandato, ajudou a melhorar a relação do Legislativo com os outros dois poderes.

Estadão Conteudo