Candidato à reeleição, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi o primeiro a procurar o PSD para pedir apoio, após o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que também concorre ao cargo, liberar a bancada para apoiar outra candidatura. O novo líder do PSD, Marcos Montes (MG), disse que vai conversar com Maia nos próximos dias para levar as demandas dos deputados e ouvir suas propostas. A cúpula do PSD e boa parte da bancada não escondem a preferência pela adesão à candidatura de Maia.
Ontem, em mensagem distribuída aos parlamentares do PSD, Rosso liberou a bancada para apoiar outra candidatura. Até o momento, o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), ainda não procurou Montes, que já vem conduzindo informalmente o PSD na Câmara. Ele disse que tem o “aval total” do presidente do PSD, o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações), para tratar da sucessão na Casa. O partido deve formalizar o apoio a um dos dois candidatos da base governista na próxima semana.
Ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, Montes revelou que a bancada quer espaço na Mesa Diretora dentro do critério da proporcionalidade. Segundo Montes pela regra o PSD pode reivindicar a terceira ou a quarta-secretaria. Os deputados, no entanto, também querem de Maia a garantia de que terão relatorias e espaço privilegiado nas comissões não-permanentes.
Montes é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, que já apoia a candidatura de Maia. O grupo quer emplacar o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) na primeira vice-presidência da Casa.
Ao defender Maia, Montes diz que as ações judiciais levadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a candidatura do deputado do DEM não devem ser foco de preocupação. “Não temos que nos preocupar com a questão jurídica. Isso é um problema dele e da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Nossa preocupação deve ser com a sustentabilidade do governo”, ressaltou.
O novo líder do PSD faz uma boa avaliação da gestão de Maia na Câmara. “Rodrigo foi bem, criou um ambiente favorável. Pode ter tido equívocos, mas pautou o que os parlamentares queriam. E o governo está satisfeito com ele”, observou.
Fonte: Estadão Conteúdo