O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, disse que será necessário rediscutir o financiamento de campanha no Congresso Nacional. Para Maia, o atual sistema estaria revelando várias distorções já que proíbe a contribuição de empresas e limita o uso de recursos públicos pelos partidos — mas libera candidatos milionários a bancarem as campanhas do próprio bolso.
O tesoureiro do PT, Emídio de Souza, endossa a necessidade de rediscutir o financiamento e cita o caso da disputa pelo governo de São Paulo. Os principais candidatos no Estado, por seus cálculos, devem receber cerca de R$ 5 milhões de dinheiro público. Aqueles que têm maior patrimônio, como João Doria (PSDB) ou Paulo Skaf (MDB), porém, poderão colocar recursos próprios, e ilimitados, em suas campanhas.
“É evidente que a lei criou uma situação de potencial desigualdade”, diz. Partidos com mais recursos do fundo eleitoral e candidatos endinheirados saem em vantagem. E a distribuição de recursos do fundo eleitoral virou um problema para os partidos, que não conseguem contemplar todos os candidatos de forma igual. No DEM, os que disputam para deputado federal terão que bancar parte da campanha dos que concorrem a deputado estadual.
O PT decidiu destinar R$ 50 milhões para a campanha presidencial, cerca de R$ 4 milhões para os 16 candidatos a governador e R$ 900 mil para deputados federais que concorrem à reeleição. Os novatos receberão menos. Candidatos ao Senado que são estrelas do partido, como Eduardo Suplicy e Jaques Wagner, serão contemplados com um quinhão maior do que os demais: R$ 1,3 milhão cada um.
Com informações do Jornal Folha de São Paulo