Conectividade no Ceará, de uma ponta a outra: de Crateús a Icapuí, de Trairi a Penaforte. Esse é o Cinturão Digital do Ceará (CDC), rede de fibra ótica com 8.060 km de extensão, cobrindo mais de 90% da população urbana do Estado. É a maior rede pública de Banda Larga Fixa do Brasil, gerando emprego e renda, além de fornecer aplicações em saúde, educação, monitoramento de cargas nas divisas, câmeras de segurança pública, dentre outros vários segmentos que beneficiam a população cearense.
O CDC universalizou o acesso dos cidadãos aos serviços digitais, com mais de 2 milhões de usuários conectados, entre 2015 a 2018, fazendo uso do Cinturão Digital. “A Etice está pronta para expandir o Cinturão Digital para os 184 municípios nos próximos dois anos. Isso sendo feito tanto através de recursos próprios do Governo, como de parcerias com empresas. Com isso, acreditamos que o Ceará se tornará o primeiro estado brasileiro a ter 100% das suas cidades conectadas através de uma infraestrutura Banda Larga Fixa no Brasil”, prospecta Adalberto Pessoa, presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice).
Essa conectividade fomentou o crescimento de Provedores de Serviços de Internet. Hoje no Estado são mais de 500 provedores, gerando mais de 5 mil empregos especializados. Um desses provedores tem sede no bairro Mondubim, na Capital, e fornece serviço de internet e TV a periferia de Fortaleza, Maranguape, Maracanaú, Eusébio, Caucaia, Pacatuba e Piquet Carneiro, gerando em torno de 150 empregos diretos. “Através do Cinturão Digital foi possível chegar em cidades mais distantes da Capital, onde tal atendimento seria impossível devido ao custo e complexidade de toda infraestrutura envolvida”, comenta Sérgio Cordeiro, diretor da TIX Telecom.
Além de movimentar a economia cearense, o CDC atende a diversos órgãos públicos, como a Secretaria da Fazenda (Sefaz-CE). Desde 2012 a vistoria de cargas que entram e saem do Estado é feita por scanners que permitem visualizar as mercadorias sem a necessidade de abrir as carrocerias dos caminhões. As imagens são acompanhadas pelos agentes nos postos fiscais e compartilhadas, em tempo real, para a sede da Sefaz em Fortaleza. O envio de dados para a Capital só é possível graças ao Cinturão Digital. Atualmente, a Sefaz conta com cinco scanners, sendo um móvel e quatro fixos nos postos fiscais de Aracati, Crato, Penaforte e Tianguá.
A Secretaria da Saúde (Sesa) usa o CDC para a conectividade dos hospitais da Rede Pública Estadual, Capital e Interior, e também a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) faz uso do CDC. “O Cinturão Digital é que nos permite integrar câmeras, delegacias, CIOPS Capital e Interior, enfim, integrar toda a segurança. E permite também novos horizontes para crescermos no futuro próximo. Sem conexão não teríamos como avançar”, garante o secretário André Costa.