Confiança da indústria mantém o maior nível desde 2014
O mercado de trabalho começa a dar os primeiros sinais de recuperação. Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que 13 de 25 setores criaram novas vagas no primeiro trimestre do ano – os ramos ligados à exportação registraram os melhores desempenhos.
As informações, tiradas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sugerem que há uma mudança no mercado de trabalho, mas que esse processo de recuperação segue em ritmo gradual.
Mesmo com geração de emprego em 13 ramos, esse desempenho positivo não foi suficiente para que o primeiro trimestre do ano encerrasse no azul. No período, 64,4 mil vagas foram fechadas. O ritmo de demissões, no entanto, perdeu força e foi 78% menor que o observado entre janeiro e março de 2016, quando 303,1 mil perderam o emprego.
“A reação de alguns segmentos do mercado de trabalho demonstra o início de uma retomada parcial da empregabilidade, que é o principal entrave para o crescimento do consumo no País”, argumentou Fabio Bentes, economista da CNC.
Agropecuária e indústria
A CNC informou, ainda, que o setor terciário se destacou pela geração de vagas no comércio atacadista (+5.941) e no comércio e administração de imóveis e valores mobiliários (+2.148). Os setores primário (agropecuária) e secundário (indústria) foram os que mais reverteram o fechamento de vagas – dos 15 subsetores que compõem a indústria, oito reverteram os seus saldos negativos.
“O desempenho mais favorável da agropecuária e da indústria em detrimento do setor terciário está associado ao maior aquecimento da demanda externa”, explicou Bentes. Ele lembrou que o desempenho da produção industrial cresceu no início de 2017 e que os preços dos produtos brasileiros vendidos para o exterior avançaram 21,3%.
Emprego para os mais jovens
A pesquisa ainda revela que a maioria das contratações ocorreu entre um público mais jovem. No primeiro trimestre de 2017, foram abertas 175,3 mil vagas para pessoas com até 24 anos de idade, número 120% maior do que o registrado em igual período de 2016.
Os trabalhadores de maior qualificação também estão entre os mais contratados. Ainda no primeiro trimestre do ano, foram abertas 60,8 mil vagas para empregados com nível superior completo, número 44,4% maior que o observado no ano passado.
Fonte: Portal Brasil, com informações da CNC