Mais da metade das pessoas que vivem com HIV relataram já ter sofrido algum tipo de discriminação no Brasil, segundo o “Índice de Estigma em relação às pessoas vivendo com HIV/AIDS” lançado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas.
A pesquisa aponta que 64,1% das pessoas entrevistadas já sofreram alguma forma de discriminação por viverem com HIV ou com AIDS.
Os comentários discriminatórios ou especulativos já afetaram 46,3% delas, enquanto 41% do grupo diz ter sido alvo de comentários feitos por membros da própria família. Muitas destas pessoas já passaram por outras situações de discriminação, incluindo assédio verbal (25,3%), perda de fonte de renda ou emprego (19,6%) e até mesmo agressões físicas (6,0%) por viverem com o vírus.
O estudo foi realizado em 7 capitais, entre elas o Ceará, escutando aproximadamente 1,8 mil pessoas.
Segundo a pesquisa, essa dificuldade ocorre pelas diversas formas de estigma e discriminações, levando a consequências como assédio moral, exclusão social, agressão física e perda do emprego.