Ano novo, novo emprego. É o desejo de mais da metade dos trabalhadores brasileiros, segundo a última edição do Índice de Confiança Robert Half. Do total de entrevistados, 64% querem trocar de empresa, mas permanecer na área de trabalho atual, enquanto 36% pretendem explorar um novo campo, setor ou profissão.
— Nos últimos anos, testemunhamos uma completa mudança de prioridades, e esse desejo por movimentação profissional é reflexo disso. Vale a pena observar que atingimos o menor índice de desemprego desde 2015. A confiança dos profissionais reflete as condições do mercado — analisa Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul.
Na busca por mudança de empresa, os interesses são: melhores oportunidades de crescimento, salário mais alto, novos desafios, benefícios mais atrativos e trabalho remoto ou híbrido. O desejo de trocar de área de atuação, segmento ou profissão é por realização pessoal, salário mais alto, qualidade de vida, aprender algo novo e mais flexibilidade.
O desejo de mudança constante, no entanto, acende alertas. Para as empresas, há a necessidade de investirem em políticas claras de trabalho, transparência das lideranças e bons pacotes de benefícios e remunerações para se manterem atrativas e competitivas. Aos trabalhadores, Mantovani alerta que é necessária uma autoreflexão para não se prejudicarem no mercado: profissionais que saem rapidamente de seus empregos, conhecidos como “job hoppers”, podem ser mal vistos no mercado.
Segundo 69% dos recrutadores, essa avaliação depende do contexto e das razões para as mudanças. Para 55%, a falta de estabilidade é preocupante. Para 46%, pode indicar dificuldade de adaptação.
(*)com informação do Jornal Extra