Atualmente, são tombados 1.262 bens materiais no País. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tem o objetivo de preservar bens de natureza material e de valor arqueológico, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.
O patrimônio cultural é um conjunto de bens móveis e imóveis existentes no País e cuja conservação é de interesse público, por serem ligados a fatos memoráveis da história do Brasil, ou pelo valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.
A relação de patrimônios materiais tombados pelo Iphan pode ser acessada por meio do Arquivo Noronha Santos ou pelo Arquivo Central do Iphan, que é o setor responsável pela abertura, pela guarda e pelo acesso aos processos de tombamento, de entorno e de saída de obras de arte do País.
O tombamento é o mais antigo mecanismo de proteção em utilização pelo Iphan, tendo sido instituído em 1937, e proíbe a destruição de bens culturais tombados, colocando-os sob vigilância do instituto.
Conheça alguns bens materiais tombados pelo Iphan.
Solar do Unhão e Capela Nossa Senhora da Conceição (Salvador, Bahia)
É um conjunto arquitetônico formado por solar, Capela de Nossa Senhora da Conceição, cais de desembarque, fonte, aqueduto, chafariz, armazéns e um alambique com tanques. O Solar foi construído a partir do século 17, em alvenaria de pedra. Na ponte de acesso ao Solar existem barras de azulejos de ornamentação barroca, produzidos em Lisboa, nos anos de 1770 a 1780. As construções foram tombadas em 1941 pelo Iphan. Em 1962, foi adaptado para abrigar o Museu de Arte Popular da Bahia, segundo projeto de Lina Bo Bardi, sendo hoje as instalações ocupadas pelo Museu de Arte Moderna da Bahia.
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário (Pirenópolis, Goiás)
Construída entre 1761 e 1763, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário é o maior edifício religioso de todo o Centro-Oeste. Esse monumento foi tombado em 1941 e ainda permanece como lugar religioso. A igreja foi totalmente restaurada entre 1998 e 2001, inclusive os altares, o forro da capela mor e as imagens.
Hospital da Santa Casa de Misericórdia (Rio de Janeiro)
O Complexo Hospitalar da Santa Casa da Misericórdia está no centro do Rio de Janeiro, ocupando uma quadra. O prédio principal do Hospital Geral, que data de 1852, tem fachada com influência neoclássica. O local já funcionou como faculdade de medicina e, atualmente, funciona como hospital. O tombamento pelo Iphan ocorreu em 1938.
Remanescentes e ruínas da Igreja de São Miguel (São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul)
O sítio arqueológico de São Miguel das Missões – declarado Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 1983 – é um dos conjuntos históricos mais importantes do País, tombado pelo Iphan em 1938. A igreja, em estilo barroco, foi construída pelo arquiteto italiano Gian Batista Primoli, a partir de 1735. Inicialmente, possuía uma rica e colorida ornamentação interna, integrada por entalhes e pinturas, e esculturas com motivos sacros e, ao longo dos anos, foi alvo de saques. Em 1886, os telhados ruíram e o pórtico desabou. O longo período de abandono levou ao crescimento de grandes árvores no interior da nave.
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Fortaleza de São José da Ponta Grossa (Florianópolis, Santa Catarina)
A Fortaleza de São José da Ponta Grossa é formada pelo conjunto das obras de defesa construídas no Morro da Ponta Grossa, que visavam a defender o território brasileiro em um posicionamento estratégico, entre o Rio de Janeiro e Buenos Aires. Ela foi tombada pelo Iphan em 1938, como parte integrante da política de proteção das antigas construções militares representativas do processo de consolidação do território brasileiro.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Iphan e do Governo do Rio de Janeiro