O Ceará começa, nesta terça-feira (11), a segunda fase da 23ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza. Nesta etapa, que segue até 8 de junho, farão parte do grupo prioritário idosos e professores (dos ensinos básico e superior, de caráter público ou privado), de acordo com planejamento definido pelo Ministério da Saúde (MS).

Serão contempladas no grupo prioritário desta segunda fase da campanha, conforme o orientador da Célula de Imunização da Sesa, Roberto Wagner Júnior Freire de Freitas, 1.293.488 pessoas no Estado. A vacinação contra a gripe, segundo ele, é a principal forma de evitar internações, complicações e óbitos decorrentes da H1N1.

“Há um quantitativo significativo de pessoas que devem ser imunizadas contra a influenza. É de extrema importância que a população busque uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para se proteger”. No caso de professores um documento deverá ser apresentado para comprovar o trabalho como educador (declaração ou contracheque, por exemplo).

Em Fortaleza, além dos postos de saúde, a população pode procurar o Centro de Saúde Meireles. O equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12 horas e das 13h às 16 horas.

Cobertura vacinal

O Ceará alcançou 31,6% de todo o público-alvo na primeira etapa da campanha, de 12 de abril a 10 de maio. Naquela fase, foram priorizadas crianças a partir de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), povos indígenas e trabalhadores da saúde. Quem não se vacinou e faz parte deste grupo, ainda deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima.

“A estimativa populacional para essa fase da vacinação corresponde a 1.082.440. Entretanto, até 7 de maio foram aplicadas somente 341.988 doses da vacina. O Ceará sempre teve um importante desempenho nas campanhas e é de extrema importância que esse grupo busque as salas de vacinação para alcançarmos a meta de imunizar 90% deste grupo”, enfatiza Wagner.

Por grupo prioritário, o Estado alcançou, até a última sexta-feira (7), uma cobertura vacinal de 61,4% em indígenas; 34,9% em crianças; 30,7% em puérperas, 28,7% em gestantes e 18,9% em trabalhadores de saúde.

A Sesa reforça que as medidas de proteção, como o uso correto de máscara e o respeito ao distanciamento social, devem ser mantidas durante a ida às salas de vacinação. A pandemia da Covid-19 ainda não acabou.

Campanhas e vacinas diferentes

Neste ano, duas campanhas ocorrem simultaneamente: a vacinação contra a Covid-19, que teve início no dia 19 de janeiro, e a contra a gripe. Por isso, é necessária uma maior atenção. “É fundamental respeitar o intervalo de 14 dias, antes e depois, entre as vacinas da gripe e da Covid-19”, orienta a coordenadora de Vigilância Epidemiológica e Prevenção da Sesa, Ricristhi Gonçalves.

No caso das crianças, aquelas que receberam pelo menos uma dose da vacina contra a influenza nos anos anteriores devem receber apenas uma dose neste ano. Povos indígenas acima de 18 anos serão vacinados somente após o primeira faixa etária definida (6 meses a 18 anos), respeitando o período recomendado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde (MS), entre as doses de Covid e influenza (14 dias). Aos doadores de sangue, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que a doação seja realizada 48 horas após a imunização contra a gripe.

Vacina trivalente

Neste ano, a vacina contra a influenza utilizada no Brasil é trivalente, com três tipos de cepas de vírus em combinação. São elas: A/Victoria/2570/2019 (H1N1)pdm09, A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2) e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).