O número de denúncias de assédio eleitoral é o maior registrado pelo Ministério Público do Trabalho. Segundo os dados mais recentes, foram registradas 2.076 denúncias envolvendo 1.618 empresas em todo o país. Ao todo, 40 denúncias por coação política eleitoral a funcionários são contabilizadas pelo Ministério Público do Trabalho no Ceará. Dentre as investigações, há suspeitas de ameaças de demissão, corte de salário, promessa de benefícios como aumento salarial, promoção, oferecimento de dinheiro, entre outras.
A Região Sudeste lidera o volume de denúncias, com 844 registros e 649 empresas acusadas. Em seguida, aparece a Região Sul, com 603 denúncias e 480 empresas envolvidas. No Nordeste, até agora, foram recebidas 361 denúncias em casos relacionados a 291 empresas. Há quatro anos, em 2018, o número de denúncias foi 212, envolvendo 98 empresas. Este número é quase 10 vezes menor do que os registrados no pleito atual.
O assédio eleitoral é crime tipificado em lei no Brasil, que assegura de forma constitucional o voto secreto, pessoal, intransferível e livre. Esse tipo de coação é mais comum de ser praticado por empresas ou patrões contra seus empregados, mas também pode envolver situações em que um servidor público tenta se valer da sua autoridade para influenciar o voto de algum subordinado.