Ao todo, foram apreendidos três rolos de cordel detonante, seis sacos de explosivo granulado, totalizando 15kg, 163 unidades de espoleta com estopim, 307 unidades de emulsão e 485 unidades de espoleta e cordel detonante, além de um celular. Os artefatos estavam armazenados na casa do ex-militar do Exército Brasileiro (EB), José Javando Linhares Filho (32), que não possuía antecedentes criminais. O imóvel fica na Avenida Independência e os policiais chegaram até lá após receberem denúncia anônima sobre a localização dos explosivos.
Em depoimento, José Javando disse à Polícia que é proprietário de uma empresa prestadora de serviços de detonação e que realiza trabalhos para um empreendimento que faz obras para a Enel (antiga Coelce), na implantação de postes. Ele ainda assumiu que as sobras dos explosivos usados no trabalho seriam utilizadas em outro serviço e confessou ter ciência que a legislação determina que os produtos não utilizados sejam descartados. O homem possui autorização para a compra dos explosivos, não para mantê-los em sua casa.
Então, os policiais constataram que os materiais estavam acondicionados em local inadequado e de forma ilegal. Diante dos fatos, José Javando foi preso em flagrante, encaminhado à DRF e autuado em flagrante por porte ilegal de explosivos. A especializada dá continuidade às investigações sobre o caso no sentido de apurar a futura possível utilização das substâncias. De acordo com o delegado Eduardo Tomé, titular adjunto da DRF, a Polícia Civil já entrou em contato com o Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) da 10ª Região Militar – responsável pelas fiscalizações de empresas que fazem uso de explosivos – e solicitou informações sobre a empresa de José Javando. “Eles já analisaram o material e irão levá-lo daqui”, completa o delegado.
Fonte: SSPDS