O prefeito José Sarto (PDT) vai acumulando verdadeiros abacaxis para o sucessor Evandro Leitão (PT) descascar: entre os exemplos do fruto azedo, estão a falência da Avenida Monsenhor Tabosa, o recorde número de pessoas que vivem nas ruas, contratos na área da saúde e, agora, uma licitação, no apagar das luzes da administração, no valor de R$ 4,1 bilhões.
O processo licitatório aberto pela Prefeitura tem por objetivo a concessão, por 15 anos, dos serviços de gestão, planejamento, implantação, ampliação, modernização, eficientização, telegestão, operação e manutenção do sistema de iluminação pública e da rede de semáforos da Capital.
A abertura das propostas das empresas que irão concorrer à licitação está programada para o dia 30 de dezembro, 24 horas antes de Sarto transferir o cargo para Evandro Leitão. A data, um verdadeiro imprensado entre o Natal e o Réveillon, não é considerada a mais adequada para realização de licitação, especialmente, na dimensão do processo aberto pela Prefeitura, ou seja, envolvendo cifras da ordem de R$ 4,1 bilhões. O custo mensal do contrato para o Município é estimado em R$ 23,2 milhões.
O Ministério Público Estadual ainda não se pronunciou sobre a licitação, mas opositores à administração já deixaram recado: “Além de denunciarmos no plenário e em nossas redes sociais, vamos tentar entrar por meios legais para tentar barrar essa licitação. E se for preciso acionamos o Ministério Público”, disse a vereadora Adriana Almeida (PT), em declaração publicada pelo Diário do Nordeste.