Após análise prévia feita por professores do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Ceará (Uece), levou os órgãos a revelarem que vão precisar de mais tempo para dar uma resposta mais conclusiva sobre as manchas de óleo que apareceram no litoral do Ceará nos últimos dias. O material coletado está “dispersando muito mais rápido, muito mais fácil que o derrame de 2019, que vinha consolidado”, revelou o professor e pesquisador do Labomar, Rivelino Cavalcante.
Rivelino já atuou na análise das manchas de óleo que apareceram no mar em 2019 e 2020. Ele informou que além do material em si, coletado nesta sexta-feita, 29, a água e areia da praia também vão ser avaliadas. “Nós vamos avaliar o perfil químico deste material e confrontar com o material de 2019 e de todos esses que nós temos durante esses dois anos”.
“Coordeno um projeto que avalia essas manchas e o impacto delas no litoral cearense todo. Passamos 2020 e 2021 percorrendo, de ponta a ponta, o estado e nós ainda encontramos resquícios de materiais, provavelmente, de 2019 ou que chegaram aos poucos. Nós analisamos também a areia da praia para ver se esse material está liberando muito hidrocarboneto de petróleo e, assim, contaminando as praias”.
Por causa do aparecimento desse material, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) notificou 20 secretários de Meio Ambiente dos municípios da Costa cearense e aos pontos focais do projeto Planejamento Costeiro e Marinho do Ceará (PCM), pedindo atenção para monitorar tais ocorrências, solicitando um diagnóstico das praias e orientando sobre a limpeza dos locais atingidos.
Já a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) informou que está articulando uma reunião virtual para segunda-feira, 31, com todas as instituições envolvidas no combate às manchas: municípios, Marinha do Brasil, ONGS, universidades, pescadores, polícia ambiental, dentre outras, para planejar ações articuladas.
A Sema disse ainda que permanecerá atenta, de forma a antecipar qualquer ação necessária para, na medida do possível, buscar um controle das ocorrências de manchas, o mapeamento e entendimento dessas fontes poluidoras.
As praias afetadas até o momento:
Canoa Quebrada, em Aracati;
Quixaba, em Aracati;
Cumbe, em Aracati;
Majorlândia, em Aracati;
Prainha, em Aquiraz;
Iguape, em Aquiraz;
Porto das Dunas, em Aquiraz;
Canto da Barra, em Fortim;
Prainha do Canto Verde, em Beberibe;
Praia do Futuro, em Fortaleza;
Sabiaguaba, em Fortaleza; e
Abreulândia, em Fortaleza.