As manchas de óleo que chegaram a praias do Nordeste desde o início de setembro já atingiram 109 locais em 50 municípios de 8 estados, de acordo com o mais recente balanço do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
Em todos os pontos, a substância é a mesma. De acordo com o Ibama, trata-se de petróleo cru, e não de um produto derivado do óleo. Em nota, a Petrobras afirma que o material não foi produzido e nem comercializado pela companhia.
No Ceará
A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) fará uma operação especial de limpeza das praias atingidas pelo óleo derramado em alto mar. O mutirão será lançado, neste sábado (28), às 8 horas, na praia da Cofeco, em Fortaleza, devendo se estender pelo fim de semana. Sete praias receberão as equipes de remoção do material considerado “perigoso”. Os pontos foram indicados por três equipes da Semace que percorreram todo o litoral do estado, para avaliar a extensão e gravidade dos efeitos do óleo.
A operação é parte das ações de apoio do Governo do Estado ao Ibama, que coordena o esforço para conter um possível avanço da mancha de óleo do mar para a costa e para minimizar os efeitos sobre a natureza. Além de pessoal orientado para a coleta segura da substância perigosa, a operação contará com equipamentos, tambores e carros apropriados para o transporte. A apoio foi oferecido por empresas cearenses. A destinação final é o forno de uma indústria de grande porte, localizada na Região Metropolitana de Fortaleza.
O objetivo da ação de limpeza das praias é preservar a vida e a saúde de aves e animais marinhos. Outra meta é evitar o contato de banhistas com a substância, ainda não identificada em laboratório e chamada popularmente de piche pelos banhistas. Oito estados do Nordeste foram atingidos pela mancha de óleo. A exceção é o Maranhão. No Ceará, o primeiro registro ocorreu no dia 5 de setembro, em Fortaleza.
Lista das praias
Esta é a primeira fase da operação. Serão limpas as praias Cofeco (Fortaleza); Porto das Dunas (Aquiraz), Tabubinha (Beberibe), Pontal de Maceió (Fortim) e Canoa Quebrada (Aracati), no litoral leste; Taíba (Paraipaba) e Baleia (Itapipoca), no litoral oeste.
“Havendo a identificação de outras praias com grande quantidade do óleo, nos voltaremos a repetir a operação, quantas vezes sejam necessárias”, afirmou o superintendente da Semace e coordenador do mutirão, Carlos Alberto Mendes.
“É muito importante que os populares evitem as praias onde tem óleo e que não tentem removê-lo sem equipamentos de proteção e sem saber para onde vai mandar esse material tóxico”, completou o superintendente.