O senador Tasso Jereissati (PSDB) voltou a ouvir, nessa quinta-feira, 5, em Maracanaú, durante ato de filiação do vice-prefeito Roberto Pessoa, manifestações de apoio para concorrer, nas eleições deste ano, ao Governo do Estado. Ex-prefeitos, lideranças municipais e o vice-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, estavam entre as vozes em defesa da candidatura de Tasso. As manifestações deixaram em plano secundário o nome que é considerado a principal alternativa da oposição para o Palácio da Abolição: o deputado estadual Capitão Wagner (PROS). Tasso, mais uma vez, descartou a hipótese de concorrer à sucessão estadual.
Governador por três mandatos e, atualmente, chegando a metade do segundo mandato no Senado, Tasso é o nome da oposição mais citado pelos eleitores nas pesquisas de opinião pública para o Governo do Estado. O tucano gosta de ouvir declarações de apoio e estímulo à candidatura, é assediado pela cúpula nacional do PSDB para montar o palanque do presidenciável Geraldo Alckmin no Ceará, tem força política e eleitoral, mas resiste aos apelos para concorrer à sucessão do Governador Camilo Santana.
O presidente da Executiva Regional do Solidariedade, deputado federal Genecias Noronha, o vice-prefeito Roberto Pessoa e o ex-vice-governador Domingos Filho, que é conselheiro em disponibilidade do extinto TCM, estão entre os líderes da oposição que defendem o nome de Tasso ao Governo do Estado. Genecias, Domingos e Roberto acompanham as pesquisas sobre intenção de votos e veem como reais as chances de Tasso conquistar o Governo nas eleições deste ano.
Capitão é dúvida
A insistência de líderes de oposição com o senador Tasso Jereissati transmite fragilidade e pouca crença dos dirigentes do PSDB, SD e PSD na pré-candidatura do Capitão Wagner ao Palácio da Abolição. As manifestações dessa quinta-feira pró-Tasso fortalecem essa linha de interpretação. Wagner tem boa aceitação eleitoral, principalmente, na Grande Fortaleza, mas, para correligionários, deixa dúvidas sobre a hipótese de candidatura ao Governo do Estado. Ele já admitiu a pré-candidatura a governador, mas quem o cerca o estimula a manter o projeto político original: se eleger deputado federal e chegar, em Brasília, com a maior votação à Câmara Federal nas eleições de 2018.