O presidente Jair Bolsonaro informou nessa terça-feira que o vestibular específico para pessoas transgêneras e intersexuais que seria realizado na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) estaria suspenso. Após o anúncio do cancelamento, um grupo de estudantes da instituição ocupou o Campus da Liberdade, em Redenção, no Interior do Ceará, como forma de protesto a decisão.
Um funcionário do setor administrativo da Universidade confirmou em entrevista que na noite de terça-feira (16), os estudantes iniciaram os protestos ocupando uma das salas da instituição.
A ideia é dar continuidade à ocupação até que tenhamos um novo edital publicado, afirma Geyse Anne da Silva, integrante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unilab e estudante do bacharelado interdiscplinar em Humanidades.
Segundo o servidor, que preferiu não ser identificado, as aulas estão acontecendo normalmente. Os manifestantes organizam uma ocupação geral, fechando os três campi da Unilab no Ceará: dois em Redenção e um em Acarape.
A assessoria de comunicação da Universidade afirmou ainda não tem conhecimento sobre a movimentação dos discentes e nem sobre alteração da rotina de atividades no campus, que está em período normal de aulas.
Por meio de uma nota pública, o Diretório Central dos Estudantes da Unilab convoca estudantes, professores e técnicos administrativos da universidade para se mobilizarem em assembleia geral que será realizada nesta próxima quinta-feira (18), a partir das 15 horas Campus da Liberdade, em Redenção.
Em resposta a decisão tomada pelo Governo, a Unilab defende que o processo visava à ocupação de vagas ociosas, que não foram preenchidas por editais regulares da Unilab, baseados no Enem e Sisu.