Pela terceira vez concorrendo a presidência da República, a ex-ministra Marina Silva (Rede) disse ter convicção de que os eleitores entenderão sua mensagem de renovação de um sistema político debilitado pela crise econômica e os escândalos de corrupção.
“Pela terceira vez eu estou me colocando como candidata à Presidência da República (…) Entendendo que nunca foi tão necessário um projeto político de país, que atenda algumas questões que eu considero fundamentais”, disse,
Embora as pesquisas atribuam a ela 10% das intenções de voto, Marina Silva acredita que as próximas eleições serão “bastante pulverizadas” e que se abre um espaço para romper o monopólio do poder que um punhado de partidos exerce desde a restauração da democracia em 1985.
“Há uma profunda estagnação do sistema político brasileiro, no qual os principais partidos que historicamente se revezam no poder desde a conquista da democracia estão gravemente envolvidos em problemas de corrupção”, afirmou, em alusão às denúncias que levaram à prisão ou puseram na mira da Justiça a maioria dos mais altos dirigentes do País nos últimos anos, inclusive Lula, preso em Curitiba desde abril.
Em alusão ao ex-presidente, que corre o risco de não poder se candidatar por ter sido condenado em segunda instância, Marina lembrou que o PT apoiou a lei da Ficha Limpa, “uma conquista da sociedade brasileira para evitar que aqueles que praticam crimes de corrupção contra o interesse público possam ser candidatos, desde que estejam devidamente condenados”.
Perguntada sobre a popularidade de propostas como a liberação do uso de armas, proposta pelo deputado Jair Bolsonaro (PSL), primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, na ausência de Lula, disse que não acredita que se vai resolver o problema dramático de um pais que tem mais de 60.000 pessoas assassinadas por ano, 30.000 jovens negros de comunidade pobre, distribuindo armas para a população. “Pelo contrário, isso será a elevação da violência”.
Na economia, se define como partidária “uma economia de mercado, sem que isso seja visto como um dogma” e adverte: “o Brasil já pagou um preço muito alto pela visão dogmática contra o mercado e agora paga um preço altíssimo com a visão dogmática pró-mercado”.
Sobre os homossexuais, lembrou, a Constituição brasileira “assegura o Estado laico e no Estado laico as pessoas têm o direito de (…) não serem discriminados independentemente da cor, da condição social, da orientação sexual”.
Com informações das agências de notícias